Ok, hoje acordas-te, foste à casa
de banho. Deste a tua urinadela matinal, farpaste-te (claro!), e olhaste-te ao
espelho. Viste a barba de quatro dias que tinhas na fronha e pensas-te, “foda-se, não me apetecia nada fazer esta
merda. Qual a melhor forma de fazer a barba?”.
Se chegas-te a este ponto,
aviso-te já, tás fudido. Primeiro, não há forma perfeita de fazer a barba, é sempre
chato como o caralho. Segundo, vais começar a amaricar tipo White Castle. Vais começar a procurar soluções na net, naqueles
blogues sobre moda e mais o caralho. Começas a usar bálsamos xpto, mais o
esfoliante de “nhanhã” de caracol, mais a gilete 1001 lâminas. A usar os termos
técnicos e snobes pré-shave e after-shave,
(tradução: antes de barbear e depois de barbear, caralho!). Vais-te preocupar com o “irritar de pele”, “lesões”, “problemas dermatológicos” e foliculite -
mais conhecido como, filha da puta do pelo encravado.
Depois de procurar, investigar,
escrutinar, indagar e uma quantidade enorme de perda de tempo, finalmente,
fazes uma listinha com os passinhos todos. Numerados por ordem alfabética,
cardinal ou numeral.
Atenção! Muita atenção! Agora é
que a rolha desenrosca. Quando dás por ti, estás a ter mais trabalho do que
dantes e a barba continua a sair a mesma merda, de sempre! Desesperado, pensas,
“é melhor fazer a depilação a laser da
barba”.
Eu não disse que ias dar em White Castle e “metrofudido”?
Sinceramente, mas quem é que raio
vai procurar artigos na net sobre a melhor forma de fazer a barba?
Sê homem caralho! Põe-me mas é
água fria nesses pelos, ensaboa-me essa merda e siga com a navalha.
E dizes tu. - Ah, mas eu sou novo
e não tenho experiência.
Ó meu filho, primeiro, vai colocar
caca de galinha nesses pentelhos que tens na fronha. Depois, vai falar com um
macho.
Atentamente,
Mário Viterbo Silva